Bento XVI pede ajuda aos imigrantes

Hoje, durante a celebração da Festa de Domingos de Ramos, o Papa Bento XVI fez um apelo a Comunidade Internacional, para o problema dos imigrantes que procuram chegar à Europa ariscando suas próprias vida.

Bento XVI recordou o afogamento na semana passada de mais de 200 pessoas, a bordo de um barco sobrelotado ao largo da Líbia, com destino à Europa.

«Não nos podemos resignar com tais tragédias que, infelizmente, têm-se vindo a repetir desde há algum tempo», afirmou o Papa durante a missa de Domingo de Ramos.

«A saída para o problema requer estratégias coordenadas urgentes pela União Europeia e os países africanos, bem como a adopção de medidas humanitárias adequadas, para prevenir estes migrantes de cair nas mãos de traficantes sem escrúpulos», acrescentou.

Recentemente regressado da sua primeira viagem a África, Bento XVI afirmou que o problema tem vindo a piorar devido à crise económica mundial e que apenas terminará quando as nações africanas, com ajuda internacional, se «libertarem da miséria e da guerra».

Bento 16 destaca "sentimento sagrado" durante viagem à África

da Efe, na Cidade do Vaticano

O papa Bento 16 falou neste domingo sobre sua recente visita à África, e destacou o “forte sentimento sagrado que se respirava nas celebrações litúrgicas”, que definiu como “uma característica comum em todos os povos africanos”.
O sumo pontífice fez a declaração pouco antes de rezar o Angelus dominical com milhares de fiéis católicos, entre eles grupos africanos, que se reuniram na praça São Pedro, no Vaticano.
Além disso, ressaltou a “profunda emoção” que sentiu com as comunidades católicas e com a população de Camarões e Angola.
Bento 16 disse que “não é tempo de palavras e discursos”, mas “chegou a hora decisiva pela qual o filho de Deus veio ao mundo, e apesar de sua alma estar perturbada, Ele se presta a cumprir até o final a vontade do Pai”.
“Essa é a vontade de Deus: dar a vida eterna a nós que a perdemos. Para que isto aconteça, é necessário que Jesus morra, como um grão de trigo que Deus Pai semeou no mundo”, afirmou o papa. “Só assim poderá uma nova humanidade crescer, livre do domínio do pecado e capaz de viver em fraternidade como filhos e filhas do único Pai nos céus.”
Na África, segundo o pontífice, foi possível experimentar essa nova humanidade, ali onde os missionários como Jesus continuaram dedicando sua vida ao Evangelho.
O papa agradeceu às pessoas de origem africana reunidas na praça São Pedro no final do Angelus por seu apoio. “Caros, quiseram vir para manifestar alegria e reconhecimento pela minha viagem apostólica à África. Agradeço de coração. Rezo por você e por suas famílias em seus países de origem.”